quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Nasceu Renata!

Inicio minha “contação” por meu nascimento, não haveria de iniciar por outro canto desta história.

Meus pais se conheceram no Carnaval, quando meu pai teve sua folga do seminário para padres. Isso mesmo, meu pai estudava para entrar para esta categoria. Deve ter sido a mão do destino, se preferir chame de mãos de DEUS, que fez isso de maneira um pouco caprichosa, mas sem dúvida, é o divino se manifestando em minha vida, mesmo antes de eu existir.

Papai e mamãe namoraram uns 5 anos enquanto minha mãe morava no Jaçanã, em São Paulo, e meu pai em São Caetano do Sul, se casaram, fizeram a vida em São Bernardo do Campo.

Longe da família, meus pais trataram de arrumar um bebê logo no 2º ano de casamento, meu pai era oficial de justiça e minha mãe não trabalhava fora de casa, o que a fazia sentir-se só o dia todo. Sei que a solidão judiou dela nestes tempos, que chorou e se desesperou antes de engravidar. Não sei porque, quando falo nisso parece que sinto profundamente a mesma sensação que ela pode ter experimentado naqueles dias, sinto o mesmo aperto no peito que já fez parte da minha vida por tantas vezes e até os dias atuais de vez em quando aparece.

Minha mãe descobriu que estava grávida de mim também no Carnaval, pode ser daí que vem minha animação e interesse incondicional por dançar. Ela passou mal no baile, toda fantasiada, olha só que interessante.

Foi uma gravidez muito difícil, ela passou mal por toda a gestação, nada parava no seu estômago, meu pai aprendeu e acostumou levar café preto na cama, e o fez todos os dias até o último de sua vida.

Mesmo sem poder comer, minha mãezinha engordou pelo menos 25 quilos, sofreu mesmo. Certo dia, um belo copo de leite quente caiu em sua barriga, eu acabei nascendo com uma mancha derramada no bumbum, é engraçado!

No dia 10 de setembro, dia de seu próprio aniversário, ela começou o trabalho de parto, uma alegria, ter um filho num dia tão especial. Mas eu parecia não querer nascer, foram mais de 24 horas de dores e nada! Decidiu-se fazer fórceps, tenho as marcas na cabeça até hoje.

“Nasceu Renata, filha de Tárcio, oficial da 4ª vara do fórum desta comarca e D. Laís. Em 11 de setembro de 1969”. Este foi o anúncio que meu pai mandou publicar no jornal da cidade. Quanto orgulho!

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